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A Importância da Resistência e América Latina na Segunda Guerra

Você sabia que a América Latina também teve um papel importante nesses conflitos mundiais? Em 2025, celebramos 80 anos do VE Day, e é o momento perfeito para refletir sobre a história de resistência menos conhecida da nossa região.

O Dia da Lembrança, também conhecido como Dia da Papoila, Dia do Armistício ou Dia dos Veteranos, é uma data reservada nos países da Commonwealth para recordar os sacrifícios dos membros das forças armadas e civis em tempos de guerra Comemora-se geralmente no dia 11 de novembro, marco do fim da guerra. O símbolo deste dia é a papoila, inspirado no poema In Flanders Fields (1915), do médico canadense John McCrae. Ele se inspirou na floração dessa flor surgida nos campos que eram cenários de combates e bombardeios. A resiliência na natureza durante a Primeira Guerra Mundial.

Mas o que você sabe sobre a participação da América Latina nas guerras mundiais?

Ao contrário do que muitos acreditam, a América Latina participou de diversos conflitos armados. Incluindo guerras civis, revoltas populares, golpes militares e insurgências. Também teve uma atuação relevante nas guerras mundiais, enfrentando grandes dificuldades com coragem. No entanto, essas contribuições permanecem pouco conhecidas, tanto nos países anglófonos quanto em seus próprios países de origem. Ignorar essas histórias pode nos condenar a repetir o passado.

Não se trata apenas dos campos de batalha com Argentina, Brasil e México. A América Latina desempenhou também um papel importante nos Estados Unidos. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Política da Boa Vizinhança, baseada na não intervenção nos assuntos internos da região. Porém reforçou a ideia de que os Estados Unidos seriam um “bom vizinho” e promoveriam trocas recíprocas com os países latino-americanos.

Política da Boa Vizinhança em Hollywood:

Diante de crises econômicas, conflitos e tragédias, os filmes se tornaram uma fonte de escapismo para muitos. Foi nesse contexto que a América Latina ganhou destaque. Quando os Estados Unidos se juntaram à guerra, muitos profissionais do entretenimento se alistaram. As produções de Hollywood passaram a mostrar a cultura latino-americana e a promover temas de amizade e solidariedade. Com os mercados europeus fechados para exportação de filmes estadunidenses durante a guerra, a Política da Boa Vizinhança fomentou a colaboração com a América Latina. Isto ajudou a recuperar perdas financeiras nesses mercados.

Esse período viu o surgimento de ícones como Carmen Miranda, Zé Carioca, Desi Arnaz, Xavier Cugat, José Artigas, Dolores del Río, Tito Guízar. Ao refletirmos sobre os sacrifícios da guerra, é fundamental lembrar não apenas dos soldados latino-americanos, mas também desses artistas que trouxeram esperança e alegria em tempos difíceis. Rir também é um ato de resistência.

É importante lembrar dois pontos. Primeiro, muitas dessas representações culturais da América Latina foram marcadas por caricaturas e estereótipos, que ainda persistem no imaginário popular. Segundo, essa valorização cultural muitas vezes serviu apenas como distração temporária. Enquanto celebravam uma versão superficial da nossa cultura, histórias reais de guerra e dor eram silenciadas. Enquanto a narrativa deles ainda os prioriza, as nossas histórias continuam sendo ignoradas.

Conte suas histórias, a SOMOS escuta

Hoje, traga sua papoila e honre a coragem e a resistência dos heróis latino-americanos, daqueles que lutaram e daqueles que trouxeram alívio.

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