Morar fora é sempre um choque cultural a cada piscada, e, quando você compartilha o mesmo espaço com outros estrangeiros, essa experiência se torna ainda mais intensa. Hoje, vamos explorar o famoso pub crawl, uma tradição universitária britânica que se assemelha à nossa tradicional chopada no Brasil. Esta experiência se torna uma parte essencial do nosso guia de sobrevivência estudantil, além de oferecer um vislumbre dos choques culturais vividos pelos estudantes internacionais.
Os pub crawls envolvem visitar uma série de pubs em um percurso predeterminado, com uma lista de bares a serem explorados. O termo “pub crawl” vem da ideia de “rastejar” de um bar para outro conforme os participantes ficam mais embriagados.
Por um lado, o pub crawl é uma excelente oportunidade para conhecer a cidade onde você vai estudar e morar, além de fazer novas amizades e integrar-se à vida universitária no exterior. Porém, também é uma tradição que gera polêmica, pois pode incentivar a bebedeira excessiva e as consequências negativas dessa prática. Apesar de ser, muitas vezes, considerado um rito de passagem, o pub crawl já enfrentou críticas e foi banido de alguns sindicatos estudantis.
Já a chopada é uma festa tradicional nas universidades brasileiras. Realizada geralmente no início do ano, como parte da calourada, ou até mesmo no final do semestre, ela reúne estudantes em torno de boa música e bebidas. Assim como o pub crawl, a chopada também enfrenta críticas pela promoção do consumo excessivo de álcool. No entanto, ela continua sendo uma parte importante da experiência universitária no Brasil, repleta de integração, amizade e diversão.
Nos outros países da América Latina, tanto os pub crawls quanto as chopadas ganham novos formatos, com um toque único de cada país. No México, você pode participar do Cantina Crawl, um tour por cantinas locais que oferece uma imersão na cultura e nas bebidas típicas mexicanas. Na Argentina, as juntadas ou rotas de bares são encontros informais seguidos de passeios por bares, especialmente em cidades como Buenos Aires. Na Colômbia, a Chiva Rumbera é uma festa itinerante em ônibus abertos, onde os participantes dançam e bebem enquanto exploram a cidade. Em Santiago, no Chile, as rotas de bar oferecem uma oportunidade única para conhecer a cultura local enquanto visita bares tradicionais.
Outros destinos oferecem suas próprias versões de festas universitárias e de socialização. Na Bolívia, você pode participar do Paceña Crawl, visitando bares tradicionais em La Paz para celebrar a famosa cerveja boliviana. No Uruguai, as festas ao ar livre com asados e degustações de vinhos locais são uma tradição. No Equador, as noites de canelazo (uma bebida quente com aguardente e frutas) são populares, especialmente em festas de rua. Já na Venezuela, as Fiestas de Ron y Polar reúnem rum e cerveja em uma típica celebração venezuelana.
Em Cuba, é possível fazer rotas de mojito e daiquiri em Havana, explorando bares históricos que servem essas bebidas icônicas. Já no Paraguai, a rota do tereré com caña é uma mistura única de tereré (infusão fria de erva-mate) com a aguardente local. Em países da América Central, como Guatemala, El Salvador e Nicarágua, as fiestas de ron y cerveza celebram o rum e a cerveja locais.
Independentemente do destino, cada país tem sua própria maneira de celebrar a bebida e a socialização de uma forma única, e isso faz parte das experiências universitárias no exterior.
Lembre-se: a diversão é garantida, mas o mais importante é beber com moderação. Além de evitar problemas de saúde e legais, você pode garantir que sua experiência seja positiva e inesquecível. Afinal, quem avisa é amigo!
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