Com a chegada do Dia Internacional da Mulher e a energia de Peixes/Áries no ar, não há melhor momento para celebrar um fenômeno que quebrou barreiras e conquistou o mundo: Anitta. Larissa de Macedo Machado, nascida e criada em Honório Gurgel, um bairro modesto no Rio de Janeiro, já havia traçado seu destino — ela sonhava alto e, com determinação, fez o impossível acontecer. Anitta não é apenas uma estrela brasileira, ela é um ícone latino global, cuja carreira transcendeu fronteiras e desafiou convenções.
O Começo com Chave de Ouro de Anitta
Enquanto ainda trabalhava na Vale do Rio Doce e estudava inglês, espanhol e administração, Anitta começou a postar covers e coreografias no YouTube, mostrando seu talento para o mundo. Seu momento de virada veio em 2010, quando uma versão de “A Parada É Essa”, de Priscila Nocetti, chamou a atenção do produtor Batutinha, da famosa gravadora Furacão 2000. Foi o pontapé inicial de sua carreira musical no Rio de Janeiro, onde ela começou a despontar como um talento emergente na cena do funk carioca.
Foi nesse momento que Larissa se transformou em Anitta, adotando o nome inspirado na protagonista da minissérie “Presença de Anita”, da Rede Globo. Segundo a própria Anitta, “[a personagem consegue ser] sexy sem ser vulgar – uma menina e uma mulher ao mesmo tempo.” O nome carrega em si uma dualidade, e Anitta sempre soube transitar entre essas duas facetas, trazendo essa complexidade para sua carreira e imagem pública.
Curiosamente, a escolha do nome também remete à icônica atriz porto-riquenha Rita Moreno, a primeira latina a ganhar um Oscar, que também interpretou uma personagem chamada Anita no clássico musical West Side Story.
Com Kamilla Fialho assumindo sua carreira em 2012, Anitta rapidamente se transformou em uma verdadeira diva pop. Um ano depois, veio o hit que mudaria tudo: “Show das Poderosas”. Com a assinatura da Warner Music Brasil, Anitta alcançou sucesso nacional, pavimentando o caminho para seu domínio absoluto no pop brasileiro.
O funk carioca não é apenas um gênero musical; ele é um movimento cultural que nasceu nas comunidades marginalizadas do Rio de Janeiro. Um reflexo das realidades e experiências das favelas, o funk sempre foi um grito de resistência para os que foram esquecidos pela sociedade. No entanto, o gênero sempre enfrentou estigmatização, sendo muitas vezes visto como marginal, apesar de seu sucesso nas festas e na cultura popular.
Foi aí que Anitta fez a diferença. Com suas coreografias icônicas e letras empoderadas, ela revolucionou o gênero, levando o funk para além das favelas e quebrando os preconceitos em torno dele. Anitta deu destaque ao protagonismo feminino em suas músicas, abordando temas de empoderamento ao invés de objetificação, transformando o funk em uma plataforma de força e expressão para as mulheres.
O Início da Conquista Internacional
Em 2014, Anitta deu um passo ousado: tornou-se sua própria empresária e começou a se aventurar no mercado internacional. Seu álbum Ritmo Perfeito incluiu uma versão em espanhol de “Zen”, uma colaboração com o cantor Rasel. O reconhecimento veio rápido. Ela foi indicada ao Grammy Latino e ao EMA como Melhor Artista da América Latina. Logo em 2015, ela alcançou outro marco: sua música “Deixa Ele Sofrer” foi a primeira de um artista brasileiro a liderar o “Top 50 Songs” do Spotify Brasil.
Você já parou para pensar no quanto Anitta teve que planejar cada movimento? Desde estudar o mercado musical até desenvolver estratégias internacionais, ela construiu sua carreira com a precisão de alguém que sabe aonde quer chegar.
Consolidando o Sucesso Global
Em 2016, Anitta conquistou dois prêmios no EMA: Melhor Artista Brasileira e Melhor Artista Latino. Ao mesmo tempo, já desenhava sua estratégia para conquistar o mundo. O ano de 2016 também foi um marco para a popularização do reggaeton no Brasil, com Anitta sendo uma das pioneiras na introdução do gênero ao público brasileiro, antes mesmo do estouro global de “Despacito”. Outro momento histórico veio com sua performance na cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, consolidando sua posição como uma das principais figuras da música brasileira.
Com parcerias poderosas com estrelas internacionais como Iggy Azalea, Cardi B e Madonna, Anitta continuou a ascender. Seu nome brilhou nas paradas da França, Itália e até mesmo nos Estados Unidos, com músicas se tornando virais no TikTok. Ela quebrou recordes e se tornou a primeira brasileira a ter uma estátua no Madame Tussauds, além de marcar presença em grandes festivais como Coachella, a abertura da NFL e programas populares de TV nos EUA.
Mantendo as Raízes Brasileiras
Apesar de todo o sucesso global, Anitta nunca esqueceu suas raízes. Em suas músicas, videoclipes e estilo, ela sempre mantém elementos da cultura brasileira, mostrando ao mundo um pouco do que o Brasil tem a oferecer. Um exemplo recente foi sua participação no Carnaval, em 2024, celebrando os 40 anos do Sambódromo da Marquês de Sapucaí com o evento “Apoteose do Samba”, mostrando que, apesar de sua fama internacional, Anitta continua sendo parte fundamental da cultura brasileira.
Você já percebeu como Anitta equilibra sua carreira internacional sem perder sua essência brasileira? Isso é algo raro e digno de aplauso — ela se reinventa, mas nunca esquece de onde veio.
Desafios e Estereótipos
No entanto, o caminho para o estrelato internacional não foi livre de obstáculos. Embora seja amplamente celebrada no Brasil e entre a comunidade latina, o nome de Anitta ainda não ressoa com a mesma força entre o público estrangeiro. Muitas vezes, ela é vista como um estereótipo de uma fantasia sexualizada sobre as mulheres brasileiras e latinas, uma imagem que remonta à era colonial e é perpetuada até hoje pela mídia global.
Esses estereótipos ainda contribuem para discriminação e assédio, mas Anitta continua enfrentando esses desafios com força e determinação, rompendo barreiras e, ao mesmo tempo, lutando para mudar essas percepções.
Uma Nova Geração de Artistas Latinos
Enquanto Anitta continua avançando e conquistando novos horizontes, ela também inspira uma nova geração de artistas brasileiros e latinos, mostrando que é possível alcançar o sucesso global sem perder sua identidade. Anitta é mais do que uma estrela pop — ela é um símbolo de força, resiliência e inovação. Com sua tour internacional se aproximando, ela segue firme em sua jornada, levando consigo não apenas suas músicas, mas também as vozes e histórias do Brasil.
E você, está pronto para seguir os passos dessa verdadeira rainha do pop?
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