Géssica Ávila e a Maternidade no Exterior:

Com maio batendo à porta, que a força esteja conosco. Este é o mês em que homenageamos as mulheres poderosas que nos moldaram — nossas mães. Na Argentina, a Plaza de Mayo é um símbolo de resistência materna: da luta pela independência da Espanha aos clamores por memória e justiça durante a ditadura militar. Na Bolívia, as Heroínas da Coronilla enfrentaram tropas realistas em sua própria batalha por liberdade. Com esse mesmo espírito, apresentamos Géssica Ávila, uma mãe brasileira que está trilhando seu caminho na Escócia.

Em 2022, ela deixou um emprego estável e se mudou para a Escócia para começar uma nova vida — que, literalmente, começou com a maternidade. Tornar-se mãe ampliou sua visão sobre o significado de família e a ajudou a encontrar alegria nos menores detalhes do cotidiano. Sua trajetória como influenciadora começou de forma natural, ao compartilhar sua rotina com uma comunidade engajada e disposta a trocar experiências e oferecer apoio. Isso também fortaleceu sua identidade como imigrante — moldada por viagens, conversas com locais e sua paixão de longa data por consultoria de imagem.

Viver no exterior pode ser extremamente gratificante, mas também exige adaptabilidade, resiliência e uma rede de apoio sólida. Para as mães, essa jornada traz desafios únicos: adaptar-se a uma nova cultura, enfrentar barreiras linguísticas, equilibrar trabalho e vida familiar e lidar com os cuidados com os filhos — tudo isso enquanto constroem uma rede de apoio num país estrangeiro.

Por outro lado, esses desafios também abrem espaço para crescimento pessoal, compreensão intercultural mais profunda e uma nova perspectiva sobre a parentalidade. Ainda assim, o impacto emocional é real: mães expatriadas enfrentam um risco maior de depressão pós-parto, alimentado por isolamento, desconexão cultural e a ausência de redes familiares. Estudos apontam que a falta de apoio social é um fator de risco conhecido para a depressão pós-parto — e mães expatriadas estão mais vulneráveis justamente pelo desgaste emocional de estarem longe de casa.

Mas sob outra ótica, a maternidade expatriada pode ser profundamente enriquecedora e empoderadora. Cada desafio enfrentado — o estresse, a culpa, a incerteza — torna-se prova de crescimento, adaptabilidade e força. O que antes parecia intransponível se transforma numa história de superação.

Géssica se comprometeu a mostrar o lado real da maternidade no exterior — especialmente os desafios de vivê-la sem uma rede de apoio forte. Ela espera se conectar com outras mães que também estão percorrendo a jornada dupla de criar filhos enquanto constroem uma vida longe de casa. A ideia de voltar ao Brasil está sempre presente, muitas vezes ligada a momentos de solidão ou de não pertencimento.

“Costumo dizer que minha piada nunca é engraçada longe dos brasileiros”, ela compartilha.

Ainda assim, fazer parte de uma comunidade como a SOMOS a ajudou a encontrar conexão — com pessoas que compartilham seu caminho e com um sentimento de acolhimento, aceitação e compreensão.

Viver como imigrante nem sempre é sobre vencer obstáculos sozinho; o sentimento de pertencimento que se encontra em comunidades pode fazer toda a diferença. Plataformas digitais e iniciativas de base tornaram-se verdadeiros salvavidas para muitas mães, oferecendo espaços onde podem compartilhar experiências, oferecer apoio emocional e trocar conselhos práticos. Comunidades como a SOMOS promovem conexões entre mães expatriadas, aliviando o peso do isolamento com compreensão mútua e solidariedade.

Seja você estudante, profissional, viajante, mãe ou alguém apenas buscando seu lugar em uma nova terra, a SOMOS está aqui para você. Este é um espaço onde você pode ser vista, contar sua história, florescer e celebrar a beleza das suas raízes. Quando nos apoiamos, o céu é o limite. Juntos, chegamos mais longe.

Iniciativas comunitárias e grupos de apoio desempenham um papel essencial para reduzir o isolamento enfrentado por tantas mães. Esses espaços promovem vivências compartilhadas, acolhimento emocional e conselhos práticos — recursos especialmente valiosos para mães expatriadas que enfrentam a maternidade longe de casa. Formados a partir de experiências, lutas e objetivos comuns, esses grupos criam conexões reais e impulsionam mudanças verdadeiras. Eles oferecem o apoio necessário para crescer, prosperar e resistir, não importa o tamanho dos desafios. Em tempos em que comunidades de nicho se tornam cada vez mais relevantes, pessoas com interesses ou vivências semelhantes podem se conectar, interagir e construir laços — mesmo virtualmente.

Além disso, serviços de cuidado e apoio com sensibilidade cultural, voltados para comunidades imigrantes, são essenciais para garantir que essas mães recebam a ajuda emocional e prática que precisam, respeitando seus valores e tradições.

Sua história pode ser a próxima. Vamos nos conectar e fazer acontecer — é gratuito para participar.

Ao fazer parte da SOMOS, você se une a algo maior: uma voz coletiva que está ressignificando narrativas, reivindicando espaços e celebrando o mosaico vibrante das experiências vividas. Você importa. Sua história importa. E agora é a hora de contá-la.

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