O Grammy sempre foi um palco de celebração do melhor da música mundial, mas em 2025, sem dúvida, é o ano em que a música Latinx conquistou o centro do palco global. Em um contexto político tenso, a música latina se tornou mais do que uma simples expressão artística. Ela é resistência, união e afirmação diante de um cenário de crescente violência, marginalização e polarização social.
Artistas como Anitta, Cimafunk, Rawayana, Edgar Barrera, Luis Fonsi, Shakira, Bad Bunny, Peso Pluma, Residente, Kali Uchis, Sheila E, J Balvin e muitos outros têm rompido barreiras, expandido fronteiras e levado nossas raízes musicais para o mundo. Eles não apenas criam músicas, mas compõem novas identidades que falam com todos os cantos do planeta. Alguns deles foram pioneiros ao trazer a música latina e regional para o mainstream, marcando presença em festivais e paradas, enquanto outros construíram pontes entre gerações e gêneros musicais. Não apenas dominam as paradas de sucesso, mas também se tornam símbolos de resistência cultural e política. Em tempos de crise, onde os “bodes expiatórios” da política, como imigrantes e minorias, são constantemente atacados, esses artistas se erguem como vozes que não só desafiam o status quo, mas celebram as múltiplas identidades latinas e suas histórias de superação.
O Grammy, com sua projeção global, serve como uma vitrine para a potência da música latina, que transcende fronteiras geográficas e culturais. A diversidade de estilos – do reggaeton ao trap, da salsa ao pop latino – reflete uma fusão única de sons e experiências, que ganham ainda mais relevância em um momento em que a narrativa do “nós contra eles” busca dividir os Estados Unidos e outras partes do mundo.
No entanto, não é apenas o talento desses artistas que está mudando a indústria. O impacto das plataformas digitais, como TikTok, tem permitido que essas músicas cheguem a novas audiências de forma orgânica e autêntica. A viralização de hits e a criação de tendências proporcionam uma amplificação instantânea, permitindo que o que antes era considerado marginal ganhe visibilidade e importância no mainstream. A música latina, cada vez mais presente nas paradas e premiações, desafia as convenções da indústria e prova que não existe uma única forma de ser latino – é uma cultura viva, diversa e em constante reinvenção.
Este momento histórico é uma prova de que a música é uma poderosa ferramenta de resistência, capaz de resistir à violência verbal e física, que, em parte, se intensificou com a retórica divisiva promovida por figuras xenófobas. Em meio a políticas que tentam estigmatizar e marginalizar, a música latina reafirma sua relevância, levando uma mensagem de unidade e força, capaz de quebrar barreiras. Enquanto a violência tenta dividir, a música junta. Ela cria uma nova identidade sonora, que mistura passado e presente, tradição e inovação.
Através dessas vozes e ritmos, a comunidade latina, muitas vezes alvo de preconceito e violência, encontra uma forma de não apenas resistir, mas de prosperar. Cada prêmio conquistado, cada sucesso internacional é uma afirmação de que, mesmo diante da adversidade, a cultura latina está viva e mais forte do que nunca.
Nossa história, com seu rico legado colonial, nos deu uma imensa diversidade de microcosmos culturais dentro de um único país. E isso reflete em cada nota, cada verso, de nossos músicos. Trancendendo gerações ou qualquer barreira.
E, assim como esses artistas conectam o mundo com suas músicas, nós da SOMOS também queremos nos conectar com você. Aqui, sempre há um lugar para você voar, crescer e se conectar! Junte-se à nossa comunidade e receba, toda semana, novidades, promoções exclusivas, curiosidades, dicas e muito mais sobre o universo latino-americano. Vamos juntos fortalecer nossa comunidade e mostrar ao mundo o poder da nossa música de conectar, resistir e transformar!