Paquitas

Reviva o Fenômeno Paquitas: Empoderamento Feminino e Nostalgia na América Latina

Na última semana, o Globoplay nos presenteou com uma deliciosa dose de nostalgia, especialmente para os noventistas. Ao lançar a série documental “Pra Sempre Paquitas”, que, não à toa, ocupou o primeiro lugar no streaming da rede mais popular do Brasil. O show relembra a trajetória das icônicas companheiras da Rainha dos Baixinhos, Xuxa. Elas não apenas definiram uma geração no Brasil, mas também cativaram corações por toda a América Latina. Vamos relembrar desse fenômeno brasileiro que cruzou fronteiras e fez história no mundo do entretenimento com menções honrosas às suas antecessoras!

A Era Pré-Paquitas

As Raízes do Fenômeno

Os anos 60 são reconhecidos internacionalmente como os responsáveis pela difusão do feminismo branco nos Estados Unidos e França. Nas décadas seguintes, houve um processo de readaptação e inclusão de novas vozes. A interseccionalidade e a sororidade ganharam destaque. Esse período também refletiu a ascensão do feminismo latino-americano e brasileiro. Esse movimento abordava questões de classe, raça e identidade. Assim, ampliou o debate sobre igualdade e justiça social em contextos únicos da região. O final dos anos 80 e a década de 90 marcaram o empoderamento feminino nas mídias da cultura ocidental.

Feminismo na Cultura Popular

Madonna e Cyndi Lauper abriram portas para uma nova era de mulheres na música, rompendo barreiras e se tornando estrelas. Uma com atitudes audaciosas com um toque de feminidade, a outra com ecentricidade e cores. Essa onda de girl power deu voz a artistas latinas como Selena Quintanilla, Gloria Estefan, Jennifer Lopez e Shakira. Elas trouxeram a América Latina para o centro do palco mundial. Mais recentemente, artistas como Karol G, Cardi B e Anitta continuam esse legado, reafirmando o poder feminino na música. Todas têm hinos feministas que definiram o som de gerações de mulheres.

Selena Quintanilla

Enquanto o mundo via o girl power crescer com grupos como as Spice Girls como lema, no Brasil, essa tendência era ainda mais antiga. Nos anos 70, durante o regime militar, o sexteto Frenéticas desafiava normas. Com humor ousado e performances eletrizantes, elas deram voz ao prazer feminino de maneira explícita e irreverente. Elas cantavam sobre liberdade sexual e desejo, temas ainda tabus na época, especialmente em um Brasil sob censura. O palco da Frenetic Dancing Days Discotheque, no Rio de Janeiro, foi onde o grupo começou sua jornada. Elas misturaram erotismo, crítica social e um ritmo contagiante, tornando-se uma febre nacional. Mais que entretenimento, as Frenéticas foram um grito de liberdade. Elas abriram caminho para novas expressões femininas na música brasileira, ao lado de outras como Rita Lee e Gal Costa.

Paquitas: O Fenômeno Meteórico dos Anos 90

Para a galera mais jovem, isso pode virar uma verdadeira onda de nostalgia com o buzz do documentário! Mas se você ainda não conhece, deixa eu te contar: as paquitas eram as assistentes de palco da Xuxa, a lendária apresentadora que dominou os anos 80. Conhecida como a “rainha dos baixinhos”, ela não apenas divertia a molecada, mas também criou um fenômeno cultural que ainda ressoa hoje. Prepare-se para uma viagem no tempo na sua nave espacial!

Embora “Pra Sempre Paquitas” ofereça nostalgia com filmagens de arquivo do programa de televisão e dos bastidores, o teledocumentário traz um toque contemporâneo. Ele inclui críticas à sexualização e objetificação de jovens, episódios de assédio e abuso ,ao padrão de beleza tóxico e à falta de diversidade das paquitas. O filme ilumina os horrores vividos por elas. Além disso, proporciona uma nova perspectiva sobre o impacto desse fenômeno na América Latina, mostrando como as paquitas conquistaram as hermanas latinas, mesmo vindo de um país enorme como o nosso. Outra consideração importante é o aspecto maternal que as paquitas representavam, frequentemente sendo associadas a cuidar de crianças. Apesar de todos os desafios, elas moldaram o conceito de “ídolos adolescentes” com empoderamento feminino, promovendo uma imagem de força e união entre a amizade de mulheres.


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